Paraná formará coalizão estadual em projeto para redução do Custo Brasil

Implantar medidas que reduzam o Custo Brasil, melhorando as condições para se investir e produzir no país, é uma urgência para a indústria brasileira. Para contribuir com esse movimento, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) integra desde o ano passado um projeto liderado pelo Ministério da Economia, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), que está elencando propostas que possam efetivamente minimizar os custos que pesam sobre as empresas, encarecendo e tirando a competitividade dos produtos nacionais.

Inicialmente, o projeto calculou que as ineficiências do ambiente de negócios brasileiro fazem com que a economia do país perca R$ 1,5 trilhão ao ano, equivalente a 22% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é o valor que o setor produtivo nacional desembolsa a mais para exercer suas atividades, quando comparado com as condições das empresas dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, ressalta que o Custo Brasil é um componente vital na formação do preço do produto industrializado. Com custos mais altos, os produtos brasileiros perdem competitividade. “Isso prejudica a indústria, mas acima de tudo é uma injustiça com o nosso consumidor, que paga mais caro até por produtos básicos”, disse.

Coalizão 

Com a intenção de ampliar a mobilização do setor produtivo em torno da redução do Custo Brasil, a Fiep vai liderar um movimento para reunir lideranças e entidades empresariais paranaenses. A proposta de criação de uma coalizão estadual para discutir melhorias também no ambiente de negócios do Paraná foi apresentada no início deste mês, em Curitiba, pelo secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Jorge Lima.

Segundo ele, é fundamental levar em conta as especificidades locais para atender às necessidades de cada estado. “É um engano achar que nós temos 27 estados, nós temos 27 países. São completamente diferentes e preciso que todo o setor produtivo do país participe”, disse o secretário.