O que você vai ler agora mostra o que seria um perfil obscuro de Jean, marido ciumento e, em alguns momentos, agressivo, a ponto de quebrar a porta do quarto da mulher durante uma discussão.
Um Jean temido e rejeitado pela sogra, que o via como um perigo. Seria por conta dos remédios que ela usava no tratamento contra a depressão?
Um Jean que recebia conselhos e ajuda do sogro, mas que a todo tempo era “colocado contra a parede” por não demonstrar capacidade de ser um provedor da família.
As informações constam em um dos depoimentos prestados ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) por uma pessoa extremamente próxima da família Santos. O nome da depoente será preservado. A iniciativa de depor teria partido da própria profissional da saúde, assim que ficou sabendo do crime.
Jean tinha forte rejeição da sogra, Helena, que o via como um perigo. O sogro, Antônio, ao contrário do que se falou anteriormente, daria conselhos a Jean e o colocou como sócio (minoritário) na loja de aviamentos na praça Miguel Rossafa.
Uma espécie de filial dos negócios bem-sucedidos que Antônio já tinha há vários anos em Guaíra, no Paraná, e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, onde conquistou o respeito da clientela.
O depoimento também revela conflitos entre Helena e Antônio. O casal tinha um relacionamento difícil, mas os dois não pensavam em separação. Helena enfrentava uma depressão severa. Pouco saía de casa.
Antônio manteria uma segunda família, esta com influência administrativa sobre a gestão de seus negócios, fora de Umuarama.
Jean está preso como suspeito pelo assassinato da esposa e dos sogros. O triplo homicídio aconteceu no último domingo (8). Os corpos foram encontrados na manhã seguinte (9), no sobrado da família, na avenida São Paulo, área de classe média de Umuarama. Pai, mãe e filha tinham perfurações causadas por faca, apurou a perícia.