Primavera começa com altas temperaturas em Cianorte
Da Redação com Assessoria
A primavera começa amanhã,2, às 16h21 . E, assim como foram os últimos dias, a previsão do tempo para Cianorte continua de altas temperaturas e tempo seco. A expectativa é de que chuvas fortes sejam registradas apenas em outubro.
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), no sábado deve chover, mas apenas cinco milímetros. Para o dia 30 de setembro a previsão é de mais um milímetro de precipitação para a região.
A chuva forte só é esperada em Cianorte no dia 1º de outubro. Nesta semana, as temperaturas podem chegar aos 37°C, com mínimas de até 21ºC. A falta de chuva tem levantado alerta para todo o Estado. Na semana passada, a previsão indicava 40 milímetros de precipitação, mas o que choveu não tingiu os 5 milímetros.
PROBABILIDADE
“Para os próximos meses estão previstas variações bruscas da temperatura do ar em curtos períodos devido à passagem de frentes frias sobre o Paraná”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
O conjunto dos modelos climáticos indica a probabilidade elevada de ocorrência do fenômeno La Niña nas águas do Oceano Pacífico Equatorial ao longo da primavera. O resfriamento da temperatura da superfície das águas altera os padrões globais de chuvas e temperaturas.
Por ser uma estação de transição entre os regimes climáticos do inverno e do verão, a primavera favorece eventos meteorológicos severos como fortes rajadas de ventos, granizo, chuvas volumosas e grande quantidade de raios, que só podem ser detectados em curto prazo.
IDR alerta para impactos da falta de chuva e clima na agricultura
A agrometeorologia do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR), Heverly Morais, alerta para os impactos da crise hídrica e dos eventos meteorológicos extremos sobre a agricultura e a pecuária no contexto das altas temperaturas previstas para a primavera.
“As grandes culturas como soja, milho e feijão podem sofrer atraso na semeadura, germinação desuniforme da lavoura, crescimento inadequado das plantas e mau desenvolvimento dos grãos”, afirma. Ela recomenda ao produtor escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes, manter o equilíbrio nutricional das plantas, utilizar sementes de boa qualidade, bem como não empregar população superior à indicada.
Para melhorar a estrutura do solo e o armazenamento da água no sistema, Heverly sugere o cultivo e a incorporação de plantas de cobertura em sistema de plantio direto. “Essa técnica melhora os atributos físicos e químicos do solo, favorece o aumento de infiltração da água, aprofunda as raízes da cultura, reduz a temperatura e a evaporação do solo e mantém a água disponível para as plantas em períodos de estiagem fraca e moderada”, explica a pesquisadora.
Culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas correm alto risco de serem prejudicadas pela má distribuição das chuvas ao longo da estação. Além disso, as altas temperaturas podem afetar as hortaliças, sobretudo as folhosas. As olerícolas precisarão de muita água de irrigação – um desafio diante dos baixos níveis dos mananciais como rios, riachos, lagos e nascentes.