Câmara decide investigar vereador Edvaldo por quebra de decoro
Da Redação
A Câmara acolheu o pedido de cassação do vereador Edvaldo Matias de Oliveira, o Edvaldo ‘Estância Luana’ (Patriota), em uma decisão que poderá resultar na perda de seu mandato. O documento, apresentado pelo presidente do Partido Verde (PV) em Cianorte, Carlos Destéfano, alega que o vereador cometeu quebra de decoro parlamentar, envolvendo casos de furto de energia elétrica e invasão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), desrespeitando servidores públicos.
Durante a sessão ordinária na última segunda-feira, 29, foi anunciada a abertura da Comissão Processante para investigar os fatos. Dos 10 vereadores presentes, oito votaram a favor da investigação, enquanto dois se abstiveram, vereador Edvaldo e o presidente do Legislativo, Wilson Pedrão.
A Comissão responsável por apurar as acusações, presidida por Neuza Casassa, tem Afonso Lima como relator e Wilson Pedrão como membro, e o prazo de 90 dias para analisar o processo, ouvir os envolvidos. Todo o processo seguirá as etapas previstas no artigo 5° e incisos do Decreto 201/67, no artigo 41, inciso II da Lei Orgânica Municipal e nas normas do Regimento Interno da Câmara.
De acordo com trechos do documento apresentado pelo Partido Verde, o vereador Edvaldo, eleito para a legislatura 2021/2024, teria cometido uma série de infrações político-administrativas e atos incompatíveis com o decoro parlamentar. Edvaldo confessou a prática de furto de energia elétrica, conforme vídeos divulgados recentemente nas redes sociais, nos quais o político e empresário admite o crime perante o Ministério Público. Um acordo foi firmado entre as partes, resultando em um compromisso de não persecução penal, conforme homologado pela Vara Criminal de Cianorte em maio de 2022.
Além disso, o texto ainda cita que o vereador teria invadido a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) durante a pandemia, agindo de forma autoritária, desrespeitando e agredindo funcionários públicos, causando uma grande confusão. Condutas essas, que podem ser consideradas uma violação ao decoro parlamentar.