Queijaria de Cianorte ganha premiação em concurso nacional

Da Redação com AEN 

A queijaria Arteijo, de Cianorte, teve dois queijos premiados no VI Prêmio Queijo Brasil, realizado entre os dias 7 e 9 de julho em Blumenau (SC). A empresa ganhou duas medalhas de prata, com o queijo Campeiro meia cura e o queijo Morbier.

Queijos Artesanais, parmesão, meia cura e muçarela. Essas são algumas das mais de 20 variedades produzidas na agroindústria familiar Arteijo. Com mais de quatro anos de trabalho, o casal de produtores rurais investiram na regulamentação junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e a marca se transformou em referência de qualidade.

Através do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), a empresa também está inserida na Rota do Queijo do Paraná e investe na estrutura para oferecer turismo rural na chácara localizada na Estrada Velha, saída para São Tomé, onde acontece toda a produção dos queijos artesanais. A coleta do leite é responsabilidade do Ronaldo José Queiroz, anos. A produção é por conta da Raquel Piornedo Lopes, que fabrica em média, 150 queijos por semana.

CONCURSO

Sessenta queijos artesanais do Paraná foram contemplados no VI Prêmio Queijo Brasil. Eles foram produzidos por 21 pessoas ou empresas familiares e disputaram com 975 queijos artesanais de 199 cidades de 18 estados brasileiros. Entre os dez considerados Super Ouro ou Seleção Queijista, três são do Paraná.

“O Paraná tem a segunda maior bacia leiteira do País e estamos caminhando para sermos também um dos maiores produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, salientou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Os produtos que estão saindo das pequenas e médias queijarias do Estado não são apenas apreciados internamente, mas já conquistam o mundo”.

Além dos três queijos consagrados como Seleção Queijeira, 17 paranaenses receberam medalha de ouro, 21 foram condecorados com prata e 19, com bronze. Dessas empresas foram premiados 47 queijos das 33 queijarias que pertencem a Rota do Queijo, que passou a integrar o turismo rural, tendo a produção e a divulgação da produção artesanal como principais atrativos.

Também ajudou na profissionalização destes produtores a instituição do Prêmio Queijos do Paraná, que realizou este ano sua segunda edição, conferindo medalhas aos melhores produtos do Estado, que podem ostentá-las nas embalagens. Para se chegar à qualidade necessária à premiação, o Estado e parceiros da iniciativa privada oferecem dezenas de ações de capacitação.

No final de 2022 a região Sudoeste do Paraná iniciou o Inova Queijo, evento anual que tem o apoio do Governo do Estado e visa levar informações técnicas para melhorias desde a produção até a entrega ao consumidor final. A edição do Inova Queijo 2024 foi lançada em Francisco Beltrão no final de junho.

Também no Sudoeste nasceu a Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná (Aprosud), que tem 19 queijarias associadas. Quinze queijos da associação foram premiados, um deles, o Colonial 4.2.7, como Super Ouro – os outros dois foram da Associação de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento Biopark, de Toledo.

“Esse é um evento importante para avaliarmos como estão os nossos queijos em âmbito nacional, visto que estamos em busca constante de melhoria, de novos conhecimentos”, disse Claudemir Roos, presidente da Aprosud e produtor do queijo Super Ouro. “As premiações mostram que estamos no caminho certo, que o Paraná tem um potencial nato que agora está aparecendo com mais ênfase e notoriedade”.

Algumas queijarias foram premiadas pela primeira vez. “Serve de motivação tanto para quem recebe quanto para os demais, pois mostra que todos têm capacidade e potencial para isso”, reforçou Roos. “O Estado é parceiro da Aprosud desde o início ajudando com cursos, capacitação e dando segurança para continuar investindo”.