Jovens representam maioria no diagnostico de HIV em Cianorte
Da Redação
Depois de 42 anos dos primeiros casos, a Aids, que representa o estágio avançado da infecção pelo vírus do HIV, já levou à morte mais de 35 milhões de pessoas no mundo. Mesmo com avanço da medicina, a doença ainda é uma preocupação para os profissionais.
Esse mês é voltado para a conscientização a respeito do HIV e da Aids. Através da Campanha Nacional do “Dezembro Vermelho”, diversas ações são realizadas com o objetivo de sensibilizar e estimular o aumento nas medidas de promoção, prevenção, assistência, tratamento, cuidado e autocuidado.
Em 2023, até o momento, foram realizados 4.857 testes em Cianorte, com 56 diagnósticos positivos. No ano passado, 6.581 testes rápidos de HIV foram realizados na cidade, diagnosticando 53 pacientes como portadores do vírus. A faixa etária mais afetada, em ambos os anos, abrangeu indivíduos entre 18 e 39 anos.
Assim, em 2023, a taxa de positividade foi de aproximadamente 1.15%, enquanto em 2022 foi de cerca de 0.80%. O que mostra um aumento na taxa de positividade de um ano para o outro.
A transmissão sexual é apontada como a principal forma de disseminação do vírus na região. Por isso, a Saúde em Cianorte está intensificando ações preventivas. Durante o mês de dezembro, a cidade promoverá palestras e coletas de testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C em diversas empresas. A divulgação dos horários de funcionamento do Centro de Testagem e Aconselhamento será ampliada, incentivando a população a realizar os testes.
Quando detectado o HIV, os pacientes são encaminhados para avaliação médica e exames. O tratamento e acompanhamento são feitos no Centro de Testagem e Aconselhamento e/ou no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro Noroeste do Paraná (Ciscenop), sob orientação de médicos especializados.
Vale ressaltar a diferença entre HIV e AIDS: o HIV é o vírus, enquanto a AIDS é a doença causada pelo agravamento da infecção pelo HIV. O vírus ataca o sistema imunológico, mas quando tratado precocemente, com antirretrovirais, pode-se evitar o desenvolvimento da AIDS.
A prevenção ainda é a chave para combater a disseminação do HIV. O uso de preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante, e a disponibilidade da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) são medidas importantes. Mesmo com essas opções, o uso da camisinha continua sendo crucial, pois previne outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis e hepatites virais.
O diagnóstico precoce é essencial para proteger o sistema imunológico da pessoa infectada, possibilitando o início imediato do tratamento e garantindo uma melhor qualidade de vida. Portanto, a busca por testes de HIV após qualquer possível exposição é fundamental, podendo ser realizada em unidades da rede pública e nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) disponíveis na cidade.