Professores desocupam prédio da Alep e iniciam greve de fome contra teste de PSS

Professores e funcionários, que haviam ocupado a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na quarta-feira, 18, desocuparam o prédio na manhã de quinta-feira,19. A medida foi em cumprimento a determinação judicial para a desocupação imediata do prédio, emitida na noite desta quarta-feira.

Ao deixarem o prédio, manifestantes iniciaram uma vigília com greve de fome, conforme dados da página na rede social da APP-Sindicato, que representa a categoria. Eles protestam contra o edital da Secretaria de Estado da Educação que trata do Processo Seletivo Simplificado (PSS).

Após deixarem o espaço, os manifestantes seguiram para a frente do Palácio Iguaçu, ao lado da Alep, onde permanecem mobilizados

Liminar

Na decisão, o juiz substituto Fábio Luiz Decoussau Machado, declara que “os manifestantes adentraram ao local de modo agressivo, desrespeitando as regras do local, tendo inclusive, impedido a continuidade da atividade parlamentar” e que “tem o direito a reintegração de posse diante da detenção injusta e de má-fé dos manifestantes e que os réus não têm o direito de ocupar o prédio administrativo da Assembleia de maneira agressiva e impedindo o exercício da atividade parlamentar”.

O juiz determinou a “imediata desocupação do edifício sob pena de uso de força policial, necessária e proporcional, caso o Oficial de Justiça certifique a resistência ao cumprimento da ordem, sob pena de multa diária R$ 30.000,00 (trinta mil) reais”. Determina ainda que a intimação dos réus seja realizada “com urgência”.

Ocupação

A ocupação é em protesto contra o edital aberto pelo governo para a contratação de profissionais pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS). Eles pedem a suspensão do edital. No momento da ocupação, os deputados realizavam sessão remota da Casa, que foi suspensa.

Na manhã desta quarta-feira, 19 de novembro, os professores já haviam realizado uma marcha pelo Centro Cívico contra o edital. Representantes da APP-Sindicato foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Guto Silva; o diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, Glaucio Dias, e o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri.