Indústria do Paraná segue no topo, mas cenário ainda traz incertezas

Por Sistema Fiep

A indústria do Paraná segue mostrando força para se recuperar dos prejuízos causados, neste ano, pela pandemia do novo coronavírus. Em outubro, de acordo com dados divulgados esta semana pelo IBGE, novamente o Estado foi o que registrou a maior alta do país na produção industrial. O crescimento de 3,4% no mês consolida a tendência de retomada, mas a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) alerta para algumas incertezas que ameaçam a plena recuperação do setor nos próximos meses.

O presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, explica que uma das dificuldades atuais enfrentadas por boa parte das indústrias é a falta de insumos nas linhas de produção. “Itens como embalagens de papelão e plástico, além de alumínio e vidro, são alguns dos que as empresas têm encontrado dificuldade para adquirir. Além disso, já se percebe um aumento nos preços desses insumos e outras matérias-primas”, diz.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que monitora esse cenário com pesquisas mensais, confirma o agravamento do problema. No fim de novembro, 75% das indústrias do país enfrentavam alguma dificuldade para adquirir insumos no mercado interno. No mês anterior, o índice estava em 68%. Já o percentual de empresas com dificuldade para atender aos pedidos de seus clientes aumentou de 44% para 54%. “A tendência é que as cadeias de fornecimento voltem a se reestruturar nos próximos meses, mas até lá isso pode ter impacto na produção industrial”, analisa Carlos Valter.

Avanço da pandemia

Outro ponto que causa preocupação no setor industrial é o crescimento acelerado no número de casos de Covid-19 no Paraná nas últimas semanas. A possibilidade de mais medidas restritivas para evitar o colapso do sistema público e privado de saúde pode impactar diferentes atividades e ter reflexos também na indústria.

“O momento exige que todas as pessoas tenham consciência. É necessário um comportamento responsável de toda a sociedade, para que possamos minimizar os riscos para a saúde e voltar à normalidade o mais rapidamente possível”, afirma Carlos Valter.

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