Cianortense pretende economizar no Natal
Da Redação
Em época de pandemia e incertezas econômicas, os cianortenses pretendem economizar mais. O receio de sair às ruas ainda existe e as dificuldades devido ao ano conturbado ainda causam reflexos. O foco neste Natal são presentes para pessoas mais próximas com preços mais em conta, mas o espírito natalino segue presente.
A pedagoga Josiane Barrim não pretende gastar como nos anos anteriores. “Eu costumava comprar muitos presentes, para os meus pais, irmãos, cunhadas, afilhadas, mas como esse ano foi muito atípico, eu vou reduzir as compras. Vou economizar mais, comprar apenas lembrancinhas para as milhas afilhadas”, contou.
A professora disse que tem receio de ir às ruas, mas que notou que neste ano o movimento está mais baixo na cidade. “Ainda tenho medo de sair de casa devido à pandemia e perante a situação econômica vale a pena economizar um pouco”, afirmou.
Para Josiane, o clima natalino na cidade influência na hora das compras. “Por tudo o que está acontecendo ainda não estou muito no clima natalino, até achei que a cidade poderia estar enfeitada há mais tempo para incentivar ainda mais esse clima. Mas ao ver os enfeites, a gente acaba se contagiando mais”.
De acordo com a vendedora e consumidora, Silvana Luzia Ferreira, o clima natalino influência na hora das compras, mas mesmo assim será um ano de economias. “Costumo comprar presentes no final de ano, mas neste ano com certeza vou economizar mais. Vou investir apenas nos presentes que terão prioridade”, contou.
Silvana ainda reforça que a época merece ser celebrada e comemorada. “É o aniversário do menino Jesus, devemos celebrar a data”, afirmou.
A auxiliar Pollyana Ferreira Apolinário Cavalari, mãe de uma menina de um ano, disse que vai reduzir os gastos neste ano, no ano passado o investimento nos presentes natalinos foi maior. “Eu costumo comprar presentes no final do ano, mas nesse ano vou economizar mais. Pretendo gastar entre R$ 600 a R$ 800”, disse.
Segundo Pollyana, mais do que as luzes natalinas na cidade, o Natal é um momento de celebração. “O clima na cidade não me influência muito, é mais devido a época. Para mim é uma época que deve sempre ser celebrada”, reforçou.
Em contrapartida, o professor de tênis Lucas Freire, gastou mais do que o esperado. “Esse superou minhas expectativas. Normalmente não compro muitas coisas, mas meu trabalho rendeu um pouco mais, então comprei uns presentes a mais e mais coisas para mim também”, contou.
“É uma data que vale a pena celebrar. Esse clima anima muito, acredito que faz com que o pessoal saia mais de casa”, finalizou o professor.
Comerciantes acreditam que a semana do Natal será mais movimentada
As luzes na cidade e o horário estendido do comércio são fatores que influenciam nas compras. Porém, há uma semana com o comércio aberto até às 22 horas o movimento ainda é abaixo do esperado. Os comerciantes acreditam que no fim de semana e na semana do Natal, as vendas irão aumentar.
Para o gerente da loja de calçados e acessórios Seralle, Anderson da Silva Kist, o fluxo de clientes deve aumentar, pois é comum que as pessoas deixem para a última hora. “Nos dias mais próximos ao Natal vai aumentar o fluxo, porque o pessoal sempre deixa muito para ultima hora. E também devido ao pagamento da segunda parcela do 13º salário, que vai aquecer ainda mais o comércio”, esclareceu.
De acordo com Kist, as vendas neste ano estão diferentes dos anos anteriores. “Hoje a realidade é a seguinte: aquela fluxo intenso que tínhamos nos últimos anos, não existe mais. O cliente vem decidido, estão mais direcionados. O tempo fora de casa é muito menor e o atendimento mais dinâmico e rápido”, afirmou.
Além disso, o gerente acredita que os clientes estão economizando mais este ano. “A gente acredita que 15%, em média, estão economizando mais. Mas se um produto mais em conta vai conseguir suprir a necessidade do cliente, ele opta pelo mais em conta”, disse.
A funcionária da loja Ponto Mix, Mariana Dornelos, acredita que nos próximos dias o movimento será maior. Segundo ela, lojas próximas nem ficaram abertas até às 22 horas devido ao baixo fluxo nas ruas.
“Acredito que na próxima semana, a do Natal, o movimento deve aumentar. O comércio próximo da gente na semana passada nem fecharam às 22 horas, fecharam por volta das 18. Não estavam muito animados”, contou.
Mariana ainda afirmou que houve uma queda de 60% nas vendas na loja. “Como temos o condicional, o movimento ainda é bom, mas na loja está mais difícil do pessoal vir”, contou.
Fecomércio: Paranaenses pretendem gastar mais no Natal
A pandemia não deve afetar as compras de Natal. Pelo contrário, neste ano, o número de paranaenses que pretendem presentear aumentou. De acordo com a sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 75,4% dos entrevistados têm a intenção de presentear. Em 2019, essa parcela era de 74,0%.
Observa-se que o distanciamento social forçado dos últimos meses fará com que as pessoas aumentem o valor dos presentes. Tanto que o tíquete médio terá um salto de 44%, ao passar de R$ 285,00 no ano passado para R$ 410,63. Ao que tudo indica, este será o Natal da compensação, já que muitas famílias não vão gastar em viagens e a ceia terá menos convidados, a tendência é caprichar nos presentes.
A maioria dos entrevistados pela Fecomércio PR, 40,8%, planeja gastar entre R$ 201,00 e R$ 500,00. Neste ano aumentou a parcela de paranaenses que pretendem investir mais em presentes: os que vão gastar entre R$ 501,00 e R$ 1.000,00 correspondem a 12,1%, ante 6,8% em 2019. Já os que vão despender mais de R$ 1.000,00 somam 8,8%, um aumento considerável em relação ao ano passado, quando apenas 2,3% planejavam desembolsar valores mais altos nas compras natalinas.
Os consumidores que planejam gastar um pouco menos, mantendo o orçamento na faixa de R$ 101,00 a R$ 200,00, correspondem a 26,7% neste ano, ante 37,8% em 2019. E os que vão gastar até R$ 100,00 somam 11,7%, sendo que no ano passado a parcela dos mais comedidos era de 14,0%.
Os itens de vestuário serão a principal escolha dos paranaenses, com 67,3% das citações. Os brinquedos foram mencionados por 49,6%, juntamente com as lembrancinhas, com 41,9%. Outros produtos mencionados foram cosméticos (34,4%), calçados (31,5%), artigos de livraria (15,4%), comidas e bebidas (13,3%) e eletrônicos (7,3%).
Boa parte dos entrevistados, 79,1%, declarara que a pandemia de covid-19 impactou na decisão de compra, sendo que 67,5% disseram que houve influência no valor do presente e 41,3% no número de pessoas presenteadas.
(Informações Fecomércio-PR)
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