Máscaras de proteção são vendidas de R$1,50 a R$7,50

As máscaras de proteção viraram um item obrigatório para toda a população a partir de decreto adotado pela Prefeitura de Cianorte como forma de enfrentamento ao coronavírus. A obrigatoriedade do uso das máscaras começou ontem, 22. A proteção pode ser encontrada em farmácias, com costureiras por meio de encomenda e com Organizações Não Governamentais (ONGs). Os preços das máscaras variam de R$ 1,50, as descartáveis, a R$ 7,50, com tecidos mais reforçados.

De acordo com o farmacêutico e proprietário da Farmácia Amazonas, Fabio Aguiar de Souza, a venda de máscaras no estabelecimento está alta, principalmente das máscaras de tecido laváveis, que custam R$ 3,50 a unidade e possuem dupla camada de tecido.

Conforme explicou Souza, a orientação de uso é que máscaras mais finas e descartáveis sejam usadas por apenas duas horas, enquanto as de tecido podem ser usadas diariamente. “É possível usar a de tecido durante o dia e lavar à noite. É importante lavar com sabão e colocar no álcool ”, afirmou.

Segundo Souza, desde a semana passada a farmácia já vendeu cerca de 300 máscaras. “O pessoal tem comprado bastante. Hoje (ontem) de manhã tínhamos 85 máscaras no estoque e no almoço restavam apenas 22”, contou o farmacêutico.

O movimento também segue elevado na Farmácia Panvel, como contou o farmacêutico e gerente Eduardo Paulo de Melo, mas a compra pela rede ainda apresenta dificuldade. “A procura está bem grande, mas ainda temos dificuldade para receber as máscaras que são importadas”, afirmou. A farmácia recebeu cerca de 200 máscaras no último sábado e agora conta com, aproximadamente, 20 produtos disponíveis.

Conforme Melo, as máscaras são descartáveis e possuem tripla camada. “Elas são bem resistentes, mas devem ter trocadas a cada duas horas”, contou.

O gerente ainda ressaltou que as pessoas conseguem encontrar máscaras com facilidades na cidade. “Depende da distribuidora, tem lugar que sempre teve a máscara, desde antes da pandemia. Nós chegamos há ficar 40 dias sem o item, agora que começou a retornar”, disse.

Melo ainda destaca a produção caseira de algumas empresas e costureiras da região. “É muito bacana como o pessoal também está solidário, muitos lugares estão produzindo as de tecido o que ajuda bastante”.

Para gerente da Casoforma, José Carlos Bessa, o movimento com relação às vendas das máscaras está normalizado, pois muitas pessoas acabam fabricando as máscaras em casa e ajudando familiares e vizinhos. “Hoje muitas pessoas estão fabricando. Tem muita produção em Cianorte, pessoas de fora vendendo pra cidade, fabricação de vizinhos. É fácil de encontrar”, afirmou.

Conforme conta Bessa, a farmácia chegou a ficar sem o produto, mas foi temporário. A Casofarma possui máscaras descartáveis que variam de R$ 1,50 a R$ 3,50 e de tecido que vão de R$ 4,40 a R$ 4,80.

“É possível usar as descartáveis por quatro horas e depois descartá-las. Dá para usar duas por dia de trabalho. As de tecido, o pessoal pode usar uma no período da manhã e outra de tarde, depois é só lavar com sabão, desinfetante e passar o ferro”, explicou o gerente.

Além disso, Melo ainda oferece orientações de uso ao cliente. “O correto é que a pessoa não tire, mas se for retirar a máscara ela não deve tocar no tecido, na parte da frente da máscara, e não deve colocar a mão no rosto, o que acontece muito, mesmo involuntariamente”, concluiu.

Segundo o funcionário da farmácia Preço Baixo, João Pedro Gonçalves, o estabelecimento está revendendo máscaras de produção de fabricantes cianortenses, sejam as de tecido ou descartáveis. “A unidade das máscaras de tecido chega a R$ 7,50 e as descartáveis custam R$ 1,50”, disse o funcionário.

De acordo com o funcionário, o estabelecimento chegou a vender 100 máscaras por dia. “Até o final desta semana, devemos receber mais uma leva”, concluiu. 

Produção em casa

A produção de máscaras em casa é comum, seja para a venda ou para uso familiar. A costureira particular Rosemeire Cabeleira começou a fazer máscaras para seus familiares com retalhos que sobraram de seu trabalho. Mas logo começaram a lhe pedir quantidades maiores de máscaras. “Eu tive que comprar o tecido para seguir os critérios de proteção recomendados pela saúde. E foi assim que comecei a fazer para fins lucrativos. Calculei os valores, gastos e cobrei somente o necessário”, contou.

A costureira aproveita o momento em que as encomendas de roupas despareceram para continuar tendo em renda com a produção das máscaras. “Como todos estamos atentos a essa pandemia e nos privando do contato social, não tenho recebido encomendas, as máscaras foi a maneira que achei de ganhar algum dinheiro”, relatou.

Conforme Rosemeire, ela produz máscaras simples com um tecido grosso por R$ 2,00 e uma com tecido de algodão duplo por R$ 5,00. “Dei muitas delas a parentes e amigos, mas já devo ter feito umas 200 máscaras”, afirmou.

As encomendas de Rosemeire ainda são baixas, pois a divulgação ainda acontece “de boca em boca”, como ela disse. Para pedidos é possível entrar em contato pelo telefone (41) 99993-1518.

Como forma de ajudar seus familiares e disponibilizar máscaras a eles, a aposentada Zita Barrim também decidiu produzir as mascaras de proteção em casa. “Fiz algumas para minha filha, afilhada, e cerca de trinta para minha cunhada que passou por uma cirurgia do coração e para cuidadora dela. Foi apenas por necessidade familiar”, contou Zita.

“Como elas são de tecido, podem ser lavadas. Usei dois tecidos de algodão e, como estava difícil de achar elástico eu fiz de amarrar”, contou Zita.

Rosemeire já produziu cerca de 200 máscaras para venda e para fornecer a seus familiares
Foto: Divulgação

ONG

A ONG Amigos de Patas começou a produzir as máscaras para arrecadar dinheiro para pagamentos de despesas com os animais e dividas. A ONG aceita encomendas e também vende unidades das máscaras.

As máscaras de proteção são vendidas por R$ 4,00 a unidade; três máscaras por R$ 10,00; e R$ 2,00 cada máscaras em encomendas com mais de 20 unidades.

Informações sobre o trabalho da equipe ou sobre a compra de máscaras podem ser direcionadas para o número 44 99867-5703.