Planejamento na indústria ajuda a frear queda do PIB

 

Artigo por Mateus Souza*

Apesar da previsão de PIB em queda no país, incluindo diversos setores industriais, percebo que alguns elementos ajudam a manter a competitividade e até mesmo crescer em momentos desafiadores como o que vivemos.

Desde o início da pandemia, observei que o planejamento estratégico faz uma enorme diferença nos resultados finais corporativos. Isso significa pensar diferente e encontrar novos caminhos para a logística, entregar o produto certo num prazo aceitável, e, principalmente, ajudar o cliente a encontrar soluções que resolvam suas dores. Basicamente, crescer juntos.

Não posso falar por todo o setor de máquinas e equipamentos, apesar de esse ser um segmento que cresce independentemente das estatísticas nacionais negativas, mas vejo que empresas que priorizaram a solução com prazos adequados estão colhendo frutos neste fim de 2021.

Por falar nisso, você já se questionou sobre qual seu melhor cliente? Aquele que você já tem! Cuide dele. Outro segredo para o sucesso industrial na conjuntura em que vivemos é a pulverização da carteira, além da conquista de novos enclaves para a marca. Com isso, mesmo que o setor sofra retrações sazonais, ou ainda num cenário de recessão, é possível alcançar novos mercados.

Biogás e saneamento permanecem como promessas para 2022

A demanda de alguns setores específicos no Brasil, alavancada por marcos regulatórios recentes, ajuda a indústria a respirar um pouco e manter esperanças em alta para o ano que vem. Estou falando do setor do biogás, estimulado pelas necessidades de investimento ambiental e que tem grande perspectiva de crescimento no Brasil. Também me refiro à cadeia de produção do cloro e hipoclorito, tão necessária neste momento de emergência sanitária e essencial para o tratamento de efluentes e da água.

O saneamento nacional tende a receber grandes investimentos ao longo de toda a próxima década, e quem estiver preparado para fornecer equipamentos com tecnologia de ponta nessa área será beneficiado. Pelo Marco do Saneamento, esperamos que a distribuição de água potável e o tratamento de efluentes mantenham altos aportes e alcancem populações ainda desabastecidas.

Com tudo isso, quero dizer que planejar e colocar em prática por meio de mecanismos de medição e controle do processo industrial é o melhor caminho. Mesmo que caiam os volumes de vendas em 2022, a estratégia de longo prazo dá fôlego para crescer. Criatividade rima com competitividade, e não podemos tirar o olho das necessidades do cliente num momento de incertezas como este.

 

*Mateus Souza é gerente geral de vendas da área industrial da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle para a área de Energia e Indústria.