Violência Infantojuvenil: Meninas são as principais vítimas em Cianorte

Da Redação

Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Assistência Social revelam uma triste realidade: em 2022, 105 crianças e adolescentes foram vítimas de violência intrafamiliar em Cianorte. Esses dados correspondem apenas as vitimas atendidas pela pasta. Entre os tipos de violência registrados, destacam-se a violência física e psicológica, abuso sexual (32), exploração sexual (03), negligência/abandono (43) e trabalho infantil (5). A análise dos dados revela que as meninas entre 7 e 12 anos são as principais vítimas, especialmente quando se trata de violência intrafamiliar.

As estatísticas apontam que as denúncias de agressões físicas feitas a Delegacia da Mulher representam apenas 5% do total de casos registrados, enquanto as denúncias de estupro correspondem a expressivos 95%. Os registros abrangem Cianorte, Japurá, São Tomé, Jussara Indianópolis e São Manoel do Paraná.

Os números alarmantes refletem uma triste realidade enfrentada no estado do Paraná. Segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, a cada 63 minutos uma possível violação dos direitos de crianças e adolescentes é reportada às autoridades. Desde o início do ano, mais de 3 mil denúncias foram recebidas pelos canais Disque 100, Ligue 180 e pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil.

Diante dessa preocupante situação, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais apresentados pelos filhos. O delegado Wagner Quintão ressalta a importância de relatar qualquer suspeita às autoridades, uma vez que muitas vezes os agressores não apresentam um perfil específico. “É preciso que os pais estejam atentos a todos os sinais que os filhos apresentam, os números são assustadores e em sua maioria, os autores estão próximos da família, ganhando a confiança. Qualquer suspeita deve ser relata”, explica o delegado.

MAIO LARANJA

O Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta quinta-feira, 18, buscou sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de enfrentar essa violência em todos os seus níveis. A data foi instituída em memória da menina Araceli Crespo, que tinha 8 anos quando foi sequestrada, violentada e assassinada no Espírito Santo. Em 2023, o crime completa 50 anos. Durante todo o mês, o tem é destaque em debates de todo o país.