Varejo paranaense acumula alta de 4,24%
Assessoria Fecomércio
O varejo paranaense acumulou alta de 4,24% no primeiro trimestre do ano, conforme dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Os setores de maior destaque foram vestuário e tecidos, com elevação de 39,12%, e calçados, com aumento de 37,11% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2021.
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, tais resultados atenuam as perdas sofridas por esses ramos ao longo da pandemia, os mais impactados pelo isolamento social, não só pelos sucessivos fechamentos e redução dos clientes nas lojas, mas também pela própria ausência de eventos e situações sociais que ensejavam por roupas ou calçados novos. “O mês de março de 2022 foi bastante favorável para os segmentos de vestuário, tecidos e calçados devido ao retorno da circulação de pessoas e a volta às aulas e ao trabalho presenciais. Devemos lembrar ainda que em março de 2021 as vendas foram muito ruins, considerando que foi o mês que concentrou o maior número de óbitos em todo o período da pandemia e, consequentemente, sendo considerado o auge da crise sanitária no Brasil”, avalia Schmidt. Na comparação com março do ano passado, esses dois setores deram um salto: o ramo de vestuário e tecidos cresceu 78,15% e as lojas de calçados registram vendas 50,63% maiores.
O ramo de óticas, cine-foto-som também teve bom desempenho no mês de março na comparação com o mesmo mês de 2021, com aumento de 48,44%, bem como as lojas de departamentos, com elevação de 36,66%. De modo geral, o comércio cresceu 10,61% na variação anual. Apenas os setores de farmácias e supermercados apresentaram redução, diante do abrupto aumento da demanda por medicamentos e artigos de primeira necessidade durante os meses mais críticos da crise sanitária.
Já na comparação com fevereiro, o volume comercializado pelo varejo foi 11,57% maior, com ênfase nos setores de farmácias (21,61%), concessionárias de veículos (19,03%) e materiais de construção (10,39%). Entretanto, o crescimento da receita está associado aos novos preços de venda dos produtos em decorrência da inflação alta disseminada em vários setores, aumento das taxas de juros e da intensificação dos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia.