Governo vai propor novas formas de trabalho no serviço público

O Governo do Estado vai avaliar o desempenho dos serviços públicos durante a pandemia e estudar cenários futuros e modernização do trabalho do servidor. Nesta terça-feira, 20, o chefe da Casa Civil, Guto Silva, reuniu a procuradora-geral do Estado, Letícia Ferreira, o controlador-geral, Raul Siqueira, e o secretário da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto, para definir as linhas de trabalho de um grupo multidisciplinar que será criado nos próximos dias com esse objetivo.

“Aprendemos muito nesses mais de seis meses de pandemia e percebemos que precisávamos rediscutir as relações de trabalho, revisar leis e propor atualizações e adequações que modernizem a máquina pública. Para isso, teremos um grupo que vai estudar e sugerir mudanças e inovações no serviço público”, explicou Guto Silva.

O grupo, que vai incluir também a Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, terá três grandes eixos: teletrabalho, legislação e capacitação e desenvolvimento humano.

O teletrabalho, que poderá ser adotado pelo Governo em algumas áreas, será analisado com base em indicadores de desempenho e de redução de custos obtidos de fim de março até o fim de setembro, período em que o decreto que instituiu o trabalho remoto esteve em vigor. Também serão avaliadas questões tecnológicas e de gestão.

Na área de legislação, o objetivo é revisar as leis relacionadas ao serviço público que foram editadas durante a pandemia e que poderão ou não ser atualizadas. Entram neste eixo, ainda, o Código de Conduta e o Estatuto do Servidor.

Já o segmento de capacitação e desenvolvimento humano vai contar com a experiência das áreas de recursos humanos do Governo e da Escola de Gestão para realização de seminários, cursos e o apoio aos servidores.

Mudanças

“A relação de trabalho certamente vai mudar após a pandemia. O teletrabalho é só uma vitrine, mas temos que pensar também nas questões de fluxos, tecnológicas, de gestão, de tempo, de produtividade e psicológicas. Queremos avaliar o trabalho como um todo, melhorar as relações com os servidores e motivá-los”, acrescentou o chefe da Casa Civil.

A experiência da pandemia mostrou que o teletrabalho é possível e pode se tornar uma modalidade boa para o Estado e os servidores. Balanço parcial realizado de abril a junho deste ano indicou uma redução de 30,4% nas despesas administrativas como reflexo direto do trabalho remoto e das restrições de circulação no período. Houve queda nas despesas com serviços de água, esgoto, luz, telefonia, abastecimento da frota oficial e com viagens de servidores.

“Com a experiência, entendemos a necessidade de aprimoramento da gestão de pessoal, a exemplo do teletrabalho, alterações legislativas pertinentes e capacitação de todos os envolvidos. É importante aproveitarmos esse momento de transformações para repensarmos os modelos existentes, sempre buscando o aperfeiçoamento e a harmonia das relações do Estado e seus servidores”, argumentou a procuradora-geral do Estado, Letícia Ferreira.

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