Produção estabiliza, mas indústria do Paraná mantém confiança em recuperação 

Depois de dois meses de crescimento, a produção industrial do Paraná ficou praticamente estável em julho, registrando leve queda de 0,3% em relação a junho, como mostraram indicadores do IBGE divulgados nesta semana. Para a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o resultado é um sinal de alerta, mas o setor segue confiando na recuperação. Para isso, a entidade aponta que ainda são necessárias medidas que auxiliem as empresas e estimulem a retomada da atividade econômica.

“A indústria do Paraná é diversificada e, no geral, tem conseguido dar boas respostas diante dos desafios trazidos por essa crise inesperada”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “Porém, para alguns setores essa reação depende de um maior reaquecimento da economia, com a retomada da confiança dos consumidores, o que ainda não ocorreu plenamente”, acrescenta.

Apesar de a produção industrial não ter seguido a tendência de aumento, outros indicadores apontam que a indústria do Paraná pode voltar a crescer nos próximos meses. Também em julho, o setor foi o que mais gerou empregos no estado, com 6.560 novos postos de trabalho. Já em agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) chegou ao mesmo patamar em que estava antes do início da pandemia, em março. Somando 61,4 pontos, o índice ficou quase 13 pontos acima do resultado de julho. Resultados acima de 50 pontos demonstram otimismo.

“O industrial paranaense já avalia o cenário atual e futuro de forma mais positiva”, afirma Carlos Valter. “Porém, como o mercado ainda não está totalmente recuperado, medidas que auxiliem as empresas a atravessar esse momento e que estimulem a retomada do consumo continuam sendo fundamentais”, completa.

O presidente da Fiep reforça, ainda, a necessidade de avanços na agenda de reformas que melhorem o ambiente de negócios do país. “Principalmente a Reforma Tributária é essencial para reduzir os elevados custos de produção e permitir que a indústria seja mais competitiva, o que certamente se reverterá em mais empregos, renda e desenvolvimento para o país”, diz.