Reforma Tributária: oportunidade de justiça para quem produz e investe
Para dar mais impulso à retomada econômica após a pandemia e se preparar para um crescimento em longo prazo, o Brasil precisa com urgência aprovar reformas que aprimorem seu ambiente de negócios. A opinião é da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), para quem a prioridade é a Reforma Tributária, que tem potencial de aumentar a competitividade do produto brasileiro e estimular novos investimentos.
“Temos um sistema tributário que acumula impostos ao longo das cadeias produtivas, encarecendo nossos produtos e penalizando também os consumidores”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. Ele acrescenta que, além da carga tributária elevada, a complexidade do sistema faz com que as empresas sejam obrigadas a ter gastos adicionais para cumprir suas obrigações com o fisco.
Estudo do Movimento Brasil Competitivo calculou que o setor produtivo nacional gasta, para honrar seus tributos, entre R$ 240 bilhões e R$ 280 bilhões anuais a mais do que a média dos 37 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “São gastos adicionais para as empresas, que acabam embutidos no preço dos produtos”, diz Carlos Valter. “Uma simplificação do sistema tributário reduziria significativamente esse custo, tornando a indústria nacional mais competitiva”, completa.
Ganhos – As consequências positivas não seriam sentidas apenas pelas empresas. Levantamento do Centro de Cidadania Fiscal aponta que os ganhos de renda das famílias com a unificação e simplificação dos impostos sobre o consumo podem chegar a R$ 559 bilhões em 15 anos. Além disso, o PIB poderia ter um aumento de 20 pontos percentuais nesse período.
“Já tramitam no Congresso propostas de alteração no sistema tributário”, explica o presidente da Fiep. “É fundamental que se dê prioridade a essa discussão para que cheguemos a uma reforma ampla e consistente. Essa é uma oportunidade para se fazer justiça com quem produz e investe no Brasil, gerando mais empregos, renda e até mesmo arrecadação, contribuindo para o desenvolvimento do país”, acrescenta.