Tartarugas encontradas em estação de tratamento da Sanepar são levadas para a natureza
Agência Estadual
Empregados da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) resgataram 18 tartarugas da espécie tigre-d’água na lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto Ipiranga, no município de Cidade Gaúcha, no Noroeste do Estado.
A espécie era vista com frequência no local. Porém, com a desativação da lagoa em agosto do ano passado, após mudança para um novo modelo de tratamento do esgoto, a água baixou e as tartarugas começaram a ficar presas na lama.
Num trabalho voluntário envolvendo trabalhadores da Companhia, da empresa terceirizada que presta serviços à Sanepar e da Secretaria de Meio Ambiente de Cidade Gaúcha, elas foram removidas para poderem sobreviver e se reproduzir.
“Depois da desativação comentei com os colegas da terceirizada que, assim que víssemos as tartarugas saindo da lagoa, fizéssemos algo para levá-las a um ambiente onde pudessem sobreviver”, afirma o servidor da Sanepar André Barbosa da Silva.
André, então, entrou em contato com o secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente do município, Vinícius Biasuz, sugerindo a remoção de algumas das tartarugas para a lagoa da Vila Rural Fiorenço Baréa.
“Está sendo feito um parque ali, e como elas são de ambiente aquático é um bom lugar para viverem e também poderem desovar”, explica Biasuz.
As demais foram realocadas para uma fazenda próxima, sob a orientação de um médico veterinário. “O André nos procurou perguntando se teríamos como receber as tartarugas na fazenda, onde há uma represa e dois lagos com peixes, que também podem servir de alimento. O médico veterinário nos orientou quanto aos cuidados e, conhecendo o local, disse que seria um ótimo ambiente para viverem em segurança e poderem se reproduzir”, explica Lucas Feroldi, um dos filhos do proprietário da fazenda.
“Foi um trabalho muito gratificante porque a gente sabe que, com isso, está permitindo que esses animais tenham um habitat seguro e adequado, já que são de pequeno porte e não nativos da nossa região, mas que precisam ser cuidados”, completa André.