Casos de dengue aumentam 693% entre 2019 e 2020 em Cianorte

No início do mês de junho Cianorte contava com um total de 4.341 casos confirmados de dengue, já no final do mês, conforme boletim divulgado nesta terça-feira, 30, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa),o município conta com 4.392, ou seja, 51 casos a mais. Os casos são contados desde o início do ano epidemiológico, em agosto de 2019, e vai até o final de julho. Em comparação com o mesmo período do ano passado, os casos cresceram 693%.

No período de um mês, a região teve um aumento de 318 casos, atingindo os 9.459. As cidades que registraram o maior número de casos durante o mês foi Tapejara (87, totalizando 1.421) e Terra Boa (65, com 1.508 casos totais). Em contrapartida, Tuneiras do Oeste e Jussara não apresentaram aumento no último mês, de acordo com o boletim da Sesa.

Em Cianorte, no ano de 2019, segundo pior ano desde que as estatísticas de dengue começaram a ser divulgadas, o município contava com um total de 633 casos confirmados no mesmo período. Ou seja, o município teve um aumento de 693% nos casos de dengue, neste ano epidemiológico, até o momento.

Enquanto a região chegou aos 1.240 casos registrados no dia 29 de junho do ano passado. Apenas o município de Japurá apresentou maior número de confirmações em 2019 (415) do que neste ano (159).

No ano epidemiológico de 2019, os municípios registraram juntos 1.336 casos; 8.123 casos a menos do que neste ano.

Conforme a supervisora do Programa de Combate às endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, Vera Fusisawa, o maior motivo pelo aumento expressivo no número de casos de dengue em 2020 deve-se ao tipo do vírus do mosquito, o tipo dois que começou a circular neste ano. “A população então ficou suscetível ao vírus, todos tenderam a se contaminar”, explicou.

Redução

Apesar de 2020 ser o pior dos últimos 20 anos, os números de casos confirmados de dengue tem reduzido. De acordo com a supervisora, esta redução acontece com a junção da aplicação do veneno, principalmente, e com o ciclo da aplicação química.

“Com o clima esfriando bastante, e cinco ciclos de veneno, acontece a redução dos mosquitos contaminados. Ainda podem nascer em criadouros, temos achado alguns, mas já diminuiu muito. E nós continuamos fazendo bloqueio, pois ainda temos fontes que contaminam”, reforçou Vera.

Apesar da redução dos casos, a supervisora reforça que preciso continuar com o combate ao vírus, “cada um fazendo a sua parte”.