Paraná precisa de mais 40 mil doses para fechar primeira fase de vacinação

Por Bem Paraná

O Paraná recebeu neste fim de semana mais 86.500 doses da vacina contra a Covid-19. Desta vez o lote veio do laboratório AstraZeneca que, somados às 265,6 mil doses da CoronaVac que chegaram na semana passada somam 352,1 mil unidades. O total até o momento é menor do que o esperado para cobrir os grupos prioritários da primeira fase da campanha de imunização. Faltariam cerca de 40 mil doses, que devem chegar em algum momento, mas que acende o alerta para que o cronograma imaginado pelo governo do Estado possa ser cumprido.

Desde que as duas vacinas em uso no País começaram a ficar mais concretas, o governo planejava vacinar pelo menos 4 milhões de paranaenses até maio. Se as doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde não chegarem em quantidades, talvez esse número de vacinados atrase. A vacinação do grupo atual já deve sofrer uma demora.

O secretário disse esperar que o processo de vacinação ganhe ainda mais agilidade nos próximos dias. Segundo ele, está programado pelo Ministério da Saúde a divisão de outras 900 mil doses de CoronaVac entre todos os estados do País e o Distrito Federal ainda nesta semana. A estimativa, afirmou o secretário, é que aproximadamente 40 mil doses sejam encaminhadas para o Paraná.

“Outras 3,9 milhões de doses imunizantes, também desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, devem chegar até o fim do mês”, afirmou. “Queremos que o fluxo seja contínuo, sem interrupções”. O lote integra as 4,8 milhões de doses emergenciais autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira passada.

No total, confirmado os números da terceira remessa, o Paraná vai contabilizar cerca de 600 mil doses. “Dá para garantir a vacinação dos mais de 272 mil profissionais da saúde que temos no Paraná”, destacou Beto Preto.

O secretário disse que vai encaminhar ao Ministério da Saúde uma nota técnica pedindo o envio de mais doses ao Paraná com base na distribuição proporcional à população do Estado. “Nós entendemos que a distribuição deve ser equitativa e isonômica principalmente pela população. Independentemente de termos grupos, neste momento, de profissionais da saúde, o Paraná não tem números menores. Entendemos que existe aí um número grande para ser recomposto. Caso contrário, teremos dificuldades de fechar os grupos prioritários”, afirmou ele.

A vacina da AstraZeneca, uma parceira com a Universidade de Oxford e produzida na Índia, chegou ao Brasil na noite de sexta-feira. Eram 2 milhões de doses. A quota do Paraná desembarcou no Aeroporto Afonso Pena na noite de sábado e, na manhã de ontem foram despachadas para as 22 regionais de saúde do Estado em uma operação de guerra. A secretaria imagina que já na manhã de hoje muitos municípios já estejam utilizando a nova vacina.

A estimativa do governo era fazer a entrega das vacinas em até 12 horas desde o momento que elas chegaram no Afonso Pena. Mas, oito horas depois, todas as vacinas já estavam em cada uma das 22 regionais estaduais.

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba começa hoje mais uma etapa da vacinação contra a Covid-19. Serão imunizados com a primeira dose da Coronavac equipes das alas de UTIs e enfermarias dos hospitais da cidade que atendem pacientes Covid-19.

Ontem, a Secretaria recebeu 20.380 doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, que vieram da Índia para o Brasil. Aqui o imunizante contra o novo coronavírus está sob responsabilidade da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A partir de hoje a SMS vai definir os novos públicos que poderão ser imunizados, dentro do grupo previsto para a primeira fase no Plano Municipal de Imunização (PMI).

Balanço

A vacinação contra a Covid-19 em Curitiba começou no dia 20 de janeiro depois que a cidade recebeu 23.160 doses da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Até sexta-feira o número total de imunizados chegou a 3.046 moradores da capital. Foram vacinados profissionais de saúde, indígenas e parte dos funcionários, cuidadores e moradores das instituições de longa permanência.

Os demais grupos prioritários serão chamados conforme a disponibilidade da vacina.