Com a chegada da variante Ômicron, Paraná decide manter obrigatoriedade da máscara
Por Bem Paraná
A chegada da variante Ômicron da Covid-19 fez o governo do Paraná adiar os planos de acabar com a obrigatoriedade das máscaras, que estava prevista para o fim deste ano. O governador Ratinho Junior anunciou, em entrevista ao telejornal Meio Dia Paraná, da RPC TV, nesta terça-feira (30) que o Paraná vai manter a obrigatoriedade do uso das máscaras. “Seria o presente de Natal que queríamos dar, porque a máscara, embora estejamos adaptados, incomoda um pouco, mas a decisão na área da Saúde precisa ser dada com cautela. Vou pedir um pouco mais de paciência à população”, afirmou.
Segundo o governador, a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é que essa nova variante não venha ao Paraná de maneira tão forte, por conta do alto índice de vacinação, e da atitude da população, que faz a parte dela nos cuidados sanitários. “O que a gente vê é que a população do Paraná, de forma voluntária, se cuida e usa a máscara, mesmo em local aberto. Temos que aguardar o cenário mundial para tomar uma decisão sobre isso. Se a gente puder tirar a máscara com mais confiança, é melhor”, disse ele.
A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) está monitorando seis pessoas que estavam no mesmo voo de um brasileiro, com passagem pela África do Sul, que testou positivo para a variante Õmicron da Covid-19, segundo exames preliminares da Anvisa. A mulher dele também testou positivo para a variante.
O uso de máscaras é obrigatório no Paraná desde o dia 28 de abril de 2020. A Lei nº 20.189 prevê multa em caso de descumprimento. A penalização varia entre R$ 106 e R$ 530 para pessoas físicas, e entre R$ 2.120 e R$ 10.600 para empresas.
Dúvidas sobre a Ômicron
O chefe da farmacêutica Moderna disse que as vacinas covid-19 provavelmente não serão tão eficazes contra a variante Ômicron do coronavírus como foram anteriormente. A fala gerou novas preocupações nos mercados financeiros sobre a trajetória da pandemia. “Não há mundo, eu acho, onde (a eficácia) é o mesmo nível que nós tivemos com a Delta”, disse Stéphane Bancel, presidente-executivo da Moderna, ao Financial Times em uma entrevista. “Acredito que vai ser uma queda material. Só não sei quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com quem conversei estão tipo ‘isso não vai para ser bom'”, prosseguiu. A resistência à vacina pode levar a mais doenças e hospitalizações e prolongar a pandemia, e seus comentários desencadearam a venda de ativos expostos ao crescimento, como petróleo, ações e o dólar australiano.