Santa Casa ultrapassa marca de 500 pacientes recuperados da Covid
Da Redação
A Fundação Hospitalar do Paraná (Fundhospar), a Santa Casa de Cianorte, já recebeu 652 pacientes na ala Covid, entre o dia 03 de março de 2020 e 30 de junho de 2021. De acordo com o hospital, 519 pacientes voltaram para casa, recuperados da doença.
O hospital conta com 23 leitos exclusivos para atendimento de pacientes suspeitos ou positivados com o vírus, 15 deles, são de enfermaria, sendo 13 pelo Sistema Único de Saúde (Sus), e 2 da rede particular ou de convênio, além de oito leitos de UTI. Segundo a administração do hospital, 530 pacientes foram internados nos leitos de enfermarias, e 122 na UTI, no mesmo período.
A Santa Casa é referência para o atendimento de até 120 mil moradores das cidades da região, e precisou conviver com uma superlotação durante os dois picos de contaminação, além de uma grade de profissionais abaixo do necessário para a demanda de pacientes. Do início da pandemia até junho de 2021, apesar do trabalho intenso, 133 vidas foram perdidas para a doença no hospital.
“Foi um ano difícil, quando pensamos que estava no fim, tivemos uma reviravolta e com casos mais graves, menor distribuição de medicação, e ainda tentamos contratar mais profissionais, o que não foi possível dado à demanda. O hospital é um dos menores em taxa de letalidade da região, e agora as coisas começam a voltar ao normal”, contou o diretor geral da Santa Casa, Gilmar Célio.
O vendedor Rômulo Adriano Parro, precisou ficar internado por nove dias, e teve a vida salva, em Cianorte. Após a internação por complicações da Covid-19, a alta veio como presente de aniversário, no dia em que ele completava 30 anos. Hoje precisa fazer fisioterapia para recuperar os danos causados pelo vírus, mas relembra o quanto foi necessário a atenção dos profissionais para a recuperação.
“Eu passei quatro dias sem poder levantar da cama, e recebi todos os cuidados que precisava. Tentava manter o psicológico bem, e tento da mesma forma agora, que o meu irmão está na UTI, com 80% do pulmão comprometido”, conta o vendedor.
Marcio Zaro, de 38 anos, foi contaminado no ciclo familiar. Ele foi internado no dia 16 de maio e passou quatro dias na Unidade Semi-Intensiva da casa de saúde. “Meu maior medo era por já ter feito tratamento de câncer há alguns anos, e que afetou muito o meu pulmão. Eu quase precisei ser entubado, foram dias assustadores. Nesses 14 dias internado eu tive muito medo de morrer, e por algumas vezes chorei aceitando que estava na hora”, conta o representante de vendas.
“Tenho muita gratidão pelos profissionais do hospital, da limpeza aos médicos. Todos foram muito atenciosos e prestativos. Mas só de sair de lá e poder respirar é uma grande vitória”, destaca.